sábado, 21 de janeiro de 2012
Em meio a noite,perdido entre tortos tragos a notícia da desgraça calvaga a todo vapor.E no meio tempo disso a necessidade da tristeza agarra meu corpo,e uma vontade feroz de pular de cabeça em um rio chamado Solidão.O frio de janeiro é apenas um cobertor para quem já acostumou-se a beber taças e mais taças do destilado silêncio,que para outros é amargo,cruel,enlouquecedor,sinistro...E na cela de meu quarto,onde as paredes por inúmeras vezes abafou o choro nas noites enquanto ébrio estava, o cheiro do cigarro queimado torna-se o mais doce aroma,as flores secas encravadas em um projeto de jarro exalam a morte entre os espinhos sem cor.
No cinzeiro,os ais meus,tragados e apagados,esquecidos ao novo acender de meu outro cigarro.Da vida quero a morte,da morte o esquecimento e do esquecimento o nada,louco estaria sendo ao me juntar aos sacos de estrumes,acredite com tanto tempo na insanidade do vazio,acostuma-se a ficar com o mais puro silêncio.Os dias perdem a graça,o vinho perde o sabor,as palavras perdem-se nos vastos pensamentos,a vida desbota a cada passar do relógio,o brilho nos olhos ficam arranhados,as olheiras dispensam a maquiagem,as longas unhas em meio aos tortos dedos trincam,a magreza esculpe meus ossos,a tosse colore de vermelho a pia do frio banheiro,o sorriso quebra-se em bilhões de pedaços...
A cachaça...Ah logo esta,do carvalho anestesia e esfria as borboletas de minha mísera barriga,suas asas murcham e mesmo contra minha vontade,elas terminam morrendo e vivendo como Fênix.A sensação de euforia já é algo tão de cor de gris,que por mais que tente-se colorir,acabo encostando a boca nos lábios da morte,embora ela negue-se a beijar-me.
Puto,puto Eu!Converso comigo diante o espelho.Imagem cadavérica refletida naquilo que supostamente transpassaria a beleza,pouco importa-me o que enxergam em mim,pois dentro de uma esquelética caixa nada mais consegue viver.
Das estrelas canto os suplícios meus,da Lua espero a vossa morte,da noite deito-me com a solidão,e dos dias espero a minha certidão de óbito.
Rel ?/?/20??
No cinzeiro,os ais meus,tragados e apagados,esquecidos ao novo acender de meu outro cigarro.Da vida quero a morte,da morte o esquecimento e do esquecimento o nada,louco estaria sendo ao me juntar aos sacos de estrumes,acredite com tanto tempo na insanidade do vazio,acostuma-se a ficar com o mais puro silêncio.Os dias perdem a graça,o vinho perde o sabor,as palavras perdem-se nos vastos pensamentos,a vida desbota a cada passar do relógio,o brilho nos olhos ficam arranhados,as olheiras dispensam a maquiagem,as longas unhas em meio aos tortos dedos trincam,a magreza esculpe meus ossos,a tosse colore de vermelho a pia do frio banheiro,o sorriso quebra-se em bilhões de pedaços...
A cachaça...Ah logo esta,do carvalho anestesia e esfria as borboletas de minha mísera barriga,suas asas murcham e mesmo contra minha vontade,elas terminam morrendo e vivendo como Fênix.A sensação de euforia já é algo tão de cor de gris,que por mais que tente-se colorir,acabo encostando a boca nos lábios da morte,embora ela negue-se a beijar-me.
Puto,puto Eu!Converso comigo diante o espelho.Imagem cadavérica refletida naquilo que supostamente transpassaria a beleza,pouco importa-me o que enxergam em mim,pois dentro de uma esquelética caixa nada mais consegue viver.
Das estrelas canto os suplícios meus,da Lua espero a vossa morte,da noite deito-me com a solidão,e dos dias espero a minha certidão de óbito.
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