segunda-feira, 4 de julho de 2011

Último Credo

Como ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
Amo o coveiro-este ladrão comum
Que arrasta a gente para o cemitério!

É o trancedentalíssimo mistério!
É o "nous" ,é o "pneuma",é o "ego sum qui sum",
É a morte,esse danado número "Um"
Que matou Cristo e que matou Tibério!

Creio como filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica que evolui...

Creio,perante a evoluçaõ imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular eu que ontem fui...

Augusto dos Anjos.

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