Quando o nada,tornar-se a solução
O tudo,será tão esquecido quanto ao parto
Quando a canção de ninar acabar
Perceberá a insônia que te acompanha
Quando os prantos,começaram a dar frutos
O silêncio será o lenço mais puro
Se o vazio chegar a ser tão confortável
A morte não será tão assustadora
Talvez,se o calor de tuas veias perceberem
O frio será mais confortável que o mesmo.
Rel
sábado, 19 de maio de 2012
Resumo
Se em meio ao frio,os meus tragos perdem-se
No silêncio,eis que apresento-me
Se ao anoitecer,os meus passos tornam-se o Ballet
Tropeço a cada amanhecer
E ao abscinto,outro beijo em sua turva essência
Ao meu caderno,o inferno de minhas palavras
A Mácula do Apodrecimento,é um prato que come-se sozinho
Se ao longe a morte cavalga
A vida aqui perto,deixou de pulsar
Se o desespero é servido,
Erga tua taça e brinde
Se a loucura,já não é a cura
Desista da sanidade
E enforquece-se,no mastro de tua miséria...
Rel
No silêncio,eis que apresento-me
Se ao anoitecer,os meus passos tornam-se o Ballet
Tropeço a cada amanhecer
E ao abscinto,outro beijo em sua turva essência
Ao meu caderno,o inferno de minhas palavras
A Mácula do Apodrecimento,é um prato que come-se sozinho
Se ao longe a morte cavalga
A vida aqui perto,deixou de pulsar
Se o desespero é servido,
Erga tua taça e brinde
Se a loucura,já não é a cura
Desista da sanidade
E enforquece-se,no mastro de tua miséria...
Rel
domingo, 13 de maio de 2012
No colo da morte,deitei
As suas vestes,molhei
O afago em meus cabelos,dela ali ganhei
Mas meu pedido,ela não o atendeu.
"Ceifa-me...Não deixe-me ver outro nascer do dia..."
Ela tocou em meu rosto e disse-me:
"Por mais que eu venha ao encontro daqueles que não esperam por mim,
teu desejo não posso cumprir.Agrada-me o teu carinho pela minha pessoa,
a tua ternura é algo tão puro quanto as criaturas celestiais.Não que eu seja egoísta,
mas tua vida,não posso ceifar,pois a solidão,está sim é que encarregarar-se de fazer
teu desejo..."
Então,beijou-me a testa e despediu-se
Seco então,
Morri aos 20 anos do dia 07 de novembro de 1492.
As suas vestes,molhei
O afago em meus cabelos,dela ali ganhei
Mas meu pedido,ela não o atendeu.
"Ceifa-me...Não deixe-me ver outro nascer do dia..."
Ela tocou em meu rosto e disse-me:
"Por mais que eu venha ao encontro daqueles que não esperam por mim,
teu desejo não posso cumprir.Agrada-me o teu carinho pela minha pessoa,
a tua ternura é algo tão puro quanto as criaturas celestiais.Não que eu seja egoísta,
mas tua vida,não posso ceifar,pois a solidão,está sim é que encarregarar-se de fazer
teu desejo..."
Então,beijou-me a testa e despediu-se
Seco então,
Morri aos 20 anos do dia 07 de novembro de 1492.
Adega do silêncio
Das minhas inúmeras adegas,uma tinha atenção a mais
A adega do silêncio.
Esta adega,destacava-se pelo vácuo que ela proporcionava
O seu cheiro de velha,o aspecto assombroso que ela tinha,encantava-me.
O frio de todos os dias,em cada uma das garrafas estava arrolhado
A tristeza e o esquecimento,eram mais do que simplesmente pó
As lágrimas,exalam ainda mais o cheiro do meu vazio
As palavras ao rótulo,apagavam-se assim como minha voz,diante todo esse tempo
O réquiem de meus prantos,foi a peça que nunca cansei em assistir
O palco vazio de minha mente doentia,foi o espetáculo que cortava-me o sorriso
O nojo que sentia e que ainda sinto por esse mundo
Ainda arranca o muco de meu peito.
Os calafrios,de todas as madrugadas,era o casaco do inverno
A cela de meu leito,era a cripta para a morte
Esperar dia após dia,a visita alada
Era algo tão passivo e árduo
Tocar o forro de meu caixão,foi algo que sempre sonhei e desejei
De ficar imóvel,servindo de alimento aos vermes
Foi a ternura mais infinita que senti
Enquanto,lacrimejava no esquecimento.
Rel.
A adega do silêncio.
Esta adega,destacava-se pelo vácuo que ela proporcionava
O seu cheiro de velha,o aspecto assombroso que ela tinha,encantava-me.
O frio de todos os dias,em cada uma das garrafas estava arrolhado
A tristeza e o esquecimento,eram mais do que simplesmente pó
As lágrimas,exalam ainda mais o cheiro do meu vazio
As palavras ao rótulo,apagavam-se assim como minha voz,diante todo esse tempo
O réquiem de meus prantos,foi a peça que nunca cansei em assistir
O palco vazio de minha mente doentia,foi o espetáculo que cortava-me o sorriso
O nojo que sentia e que ainda sinto por esse mundo
Ainda arranca o muco de meu peito.
Os calafrios,de todas as madrugadas,era o casaco do inverno
A cela de meu leito,era a cripta para a morte
Esperar dia após dia,a visita alada
Era algo tão passivo e árduo
Tocar o forro de meu caixão,foi algo que sempre sonhei e desejei
De ficar imóvel,servindo de alimento aos vermes
Foi a ternura mais infinita que senti
Enquanto,lacrimejava no esquecimento.
Rel.
Lança-te!Lança-te ao vazio
Cubra!Cubra o rubro...
Abra! Abra os pontos de tua miséria
Embriague-te!Embriaga-te aos medos meus
Entorpa-te!Entorpa-te com meus berros
Gralhe! Gralhe...
Putrifique,pois as rosas já estão mortas
Os espinhos murchos
Sobre a carcaça de tuas costelas desnudas
No solo fértil,do esquecimento agudo.
Rel.
Cubra!Cubra o rubro...
Abra! Abra os pontos de tua miséria
Embriague-te!Embriaga-te aos medos meus
Entorpa-te!Entorpa-te com meus berros
Gralhe! Gralhe...
Putrifique,pois as rosas já estão mortas
Os espinhos murchos
Sobre a carcaça de tuas costelas desnudas
No solo fértil,do esquecimento agudo.
Rel.
Outro dia cinzento alvorece
A insônia deitou-se em meu leito
Assistiu-me,tragar a carteira em minutos
O esquecimento outra vez,tomou mais uma taça de prantos
Dos dizeres,presenteio com a surdez
A minha forca é a tristeza que vive a bailar
Sobre meu decrépito ser
No poço na desgraça,lanço-me
Ao ponto de perder,o último vestígio de luz
Que ainda esforça-se em iluminar-me
As lágrimas,aqui no abissal
Já não fazem insignificante efeito
Sobre o feto da solidão.
Rel.
A insônia deitou-se em meu leito
Assistiu-me,tragar a carteira em minutos
O esquecimento outra vez,tomou mais uma taça de prantos
Dos dizeres,presenteio com a surdez
A minha forca é a tristeza que vive a bailar
Sobre meu decrépito ser
No poço na desgraça,lanço-me
Ao ponto de perder,o último vestígio de luz
Que ainda esforça-se em iluminar-me
As lágrimas,aqui no abissal
Já não fazem insignificante efeito
Sobre o feto da solidão.
Rel.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Os suspiros da morte
Ao passar da hora grande
Da inquietação de outro pesadelo
Senti-me observado
Assustado,fiquei
Pairei meus calafrios
Para sentir os suspiros da morte.
Rel 04/05/2012.
Da inquietação de outro pesadelo
Senti-me observado
Assustado,fiquei
Pairei meus calafrios
Para sentir os suspiros da morte.
Rel 04/05/2012.
A Baudelaire
Em uma noite,não como as demais que passaram
Longe do real estava,
O frio não era o mesmo,como acostumado estava a sentir
A noite,não brilhava
O sono,evadiu-se do quarto
O cheiro de flores mortas
Exalava,atrás da porta
Era um arranjo
O arranjo das Flores do Mal
E pétala,por pétala
Extraía uma por uma
Esperando,que a morte
Tivesse piedade de minha atroz miséria...
Rel 04/05/2012
Longe do real estava,
O frio não era o mesmo,como acostumado estava a sentir
A noite,não brilhava
O sono,evadiu-se do quarto
O cheiro de flores mortas
Exalava,atrás da porta
Era um arranjo
O arranjo das Flores do Mal
E pétala,por pétala
Extraía uma por uma
Esperando,que a morte
Tivesse piedade de minha atroz miséria...
Rel 04/05/2012
Em meus momentos mais íntimos,questiono-me: O que dizer para a morte quando ela agraciar-me com sua ilustre presença? Deveras Eu assustar-me? Beijá-la? Suplicar por mais um suspiro,seja qual for ele? Implorar por mais outro trago? Ou oferecer uma dose de chá ou de bebida? Ou então tirá-la para uma dança tão insana enquanto a vela ainda queima? Confesso que não sei como agir e nem quando.Talvez se começasse pelos pecados que cometi aos olhos remelados do mundo entrópico,regados aos seus dogmas e preceitos.Confessar,seria algo tão falso comparado ao que tantos outros seguem em suas gaiolas racionais...Esperar o último pulsar,não apenas passou em minha mente tão doente,talvez também passou pela sua também,que embora seja doente ou não em algum dia já desejou que a morte viesse tão alada,quanto aos Arcanjos Celestiais.
Esperar a coroa murcha de flores,para assim agregar o odor pútrico,dos cemitérios em que bailei e embriaguei-me enquanto vociferava aos túmulos,minhas poesias que ao vento eram cantadas...Na esperança que os mortos,ouvissem os meus Ais e saíssem de suas cobertas de mármore ou de concreto,resguardados a poeira do esquecimento dos que acham que vivem.
Aguardar a Lua e as estrelas perderem o brilho que recebem do Sol,foi algo tão mórbido quanto as adegas da amnésia dos falsos e verdadeiros amigos,e como já dizia um sábio e querido poeta: "Falsos amigos,dispenso a vossa inveja..." Ceifar as rosas,para vê-las caírem a porta do caixão,sempre era algo que agradava-me,do contraste gritante do pálido com a infinita ternura colossal dos espinhos.
O silêncio já não agradava mais,o vazio tão pouco...Molhar a guela com um pouco mais,com o mais vagabundo dos vinhos,afagar a caneta e escrever outro conto que será esquecido como tudo,tragar o último cigarro como o prazer de uma exaustiva transa mental...E preparar-se assim para o sono tão eterno...
Rel 04/05/2012.
Esperar a coroa murcha de flores,para assim agregar o odor pútrico,dos cemitérios em que bailei e embriaguei-me enquanto vociferava aos túmulos,minhas poesias que ao vento eram cantadas...Na esperança que os mortos,ouvissem os meus Ais e saíssem de suas cobertas de mármore ou de concreto,resguardados a poeira do esquecimento dos que acham que vivem.
Aguardar a Lua e as estrelas perderem o brilho que recebem do Sol,foi algo tão mórbido quanto as adegas da amnésia dos falsos e verdadeiros amigos,e como já dizia um sábio e querido poeta: "Falsos amigos,dispenso a vossa inveja..." Ceifar as rosas,para vê-las caírem a porta do caixão,sempre era algo que agradava-me,do contraste gritante do pálido com a infinita ternura colossal dos espinhos.
O silêncio já não agradava mais,o vazio tão pouco...Molhar a guela com um pouco mais,com o mais vagabundo dos vinhos,afagar a caneta e escrever outro conto que será esquecido como tudo,tragar o último cigarro como o prazer de uma exaustiva transa mental...E preparar-se assim para o sono tão eterno...
Rel 04/05/2012.
Em minha janela,o vento açoita-se
Baila a teia de aranha
Transforma as cinzas ao pó
Assovia,entre a fresta
Moribunda meu leito
Pranteia as minhas velas
Consome os meus cigarros
A coruja ao longe,anuncia
Seus chiados,despertam os calafrios em meu corpo
Vago -torpe- ao encontro com a morte.
Rel de Lima 04/05/2012.
Baila a teia de aranha
Transforma as cinzas ao pó
Assovia,entre a fresta
Moribunda meu leito
Pranteia as minhas velas
Consome os meus cigarros
A coruja ao longe,anuncia
Seus chiados,despertam os calafrios em meu corpo
Vago -torpe- ao encontro com a morte.
Rel de Lima 04/05/2012.
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