sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Decompositores de poesia

Os dedos,agora ossos
A carne,somente vermes
Entre os vermes,outros vermes

O aroma de flor
Pútrico cheiro,abafado pelas vestes

Na taça,resta e sobra poeira
Na garrafa,a saliva de tanta tristeza
No papel,cortes feitos a caneta
Palavras,inacabadas acabam

No lençol gelado de mármore
Votos de acumulativas tristezas
No túmulo,agora
Decompõe vagarosamente
Outra poesia.

Rel de Lima 05/08/2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário