terça-feira, 16 de agosto de 2011

O coveiro

Minha alma sentia fúria e agonia
Meus passos se apressaram e me levarão a um lugar triste e esquecido
Correndo em meio a escuridão,minha alma sentia calafrios
Minha alma foi tomada por uma voz que gritava e chamava o meu nome
Então cheguei a um portão,e a voz ficava mais forte
Em gemidos de aflição,
Mas uma vez senti um calafrio por todo o corpo,
E entrei naquele lugar.

A voz chamava mais forte
E eu comecei a chorar
Abrindo os olhos avistei a beleza de tal lugar
Caminhava entre as árvores secas e flores mortas
E túmulos que foram esquecidos,desgastavam-se entre as árvores secas
Cobertos por folhagens
Mas em meio a tanta tristeza,havia ali um jardim
Coberto de rosas ,

Havia todos os tipos de flores
E meus olhos se fascinaram com  a beleza de tal jardim
E para a minha surpresa,havia um ser medonho naquele lugar
Sentado em meio as flores,chorando de solidão
Gritando aos mortos suas tristes canções
O coveiro se levantou,
Em passos lentos ele caminhou
O seu rosto trazia aflição
Mas ainda havia luz em seu olhar
Ele abriu os braços e disse:
"Sou eu que estou a te chamar,
sou aquele que sepulta,
guardião dos que falecem
cultivador do silêncio,
espectador dos prantos alheios,
fiel companheiro de minha pá...
Sou aquele que termina com o serviço da morte,
aquele que chora e clama por teu nome."

E ela em prantos estendeu a mão dizendo:
"Não chores mais,criatura sem nome
tu que me chamas pelo nome,
fizestes minha alma chegar aqui
não fiques triste,
pare agora de chorar
me dê um abraço
a vida hoje finda para mim,
morreremos juntos em meio de seu triste jardim..."

E em prantos o velho coveiro,
Abraçou-se a jovem
E a vida findou-se entre as flores de seu jardim.

Condessa Regina & Rel de Lima(Cia das Sombras) 16/08/2011.


2 comentários:

  1. ficou massa

    "...rosas banhadas em sangue
    que se alimentam do apodrecimento
    que havia ali..."

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  2. HEHEHEH
    VAleu Yuri...Fico feliz por ter gostado!

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