No meu sujo cinzeiro,as sobras de alguns cigarros
No meu copo,vestígios de vinho adormecido
Que não consegui mais beber
No meu caderno,algumas palavras que pairam e desfalecem
Dentro e fora de mim
Sobre a mesa,
Pedaços de parafina queimada das últimas inquietantes noites
Na minha garrafa retirada de minha empoeirada adega
Apenas a safra de meus velhos Ais
No peito,pedaços trincados de um triste coração
No jardim,nem as secas pétalas cobrem o velho chão
Nas flores,os restos de afiados espinhos
No choro,
O restante de alegria que persiste em relutar
Na dor,
As lembranças de quem algum dia viveu...
Rel de Lima 16/11/2011.
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