quinta-feira, 30 de junho de 2011

Poesia LII

Em meu copo de vinho,os vestígios da morte
Em meus cigarros,os últimos beijos e afagos
Em meu caderno,as últimas palavras
No meu peito,os restos de meu quebradiço coração
Seus cacos,rasgam...

A dor que era aliviada pelo beijo
Agora envolve todo meu canto.


O fogo que antes era algo tão formidável
Hoje não passa de cinzas
O sorriso que tanto encheu o rosto
Agora dá lugar ao choro.

O Amor que outrora era infinito
Acabou antes do sempre
Arrastou-se pelo meio
Penando no fim...

Rel de Lima 30/06/2011.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lembranças

No canto escuro da tua imensa sala
Minhas lembranças e memórias sentam-se
E minha presença e cheiro enchem o vazio...

As melhores e piores situações florescem de tua esquecida mente
E perto da lareira,
O fantasma de meu corpo,deita,olhando pra ti
Faz com que você lembre de momentos em que dormia...

E o negro sofá,você consegue ver o passado.

Andando pela casa,
Minha esquecida lembrança vaga até tua escura garagem
E novamente você sente a minha presença atrás de ti
E a luz de mortas velas,
Revive momentos especiais...

A cama ainda continua no mesmo lugar
E desarrumada por ter deitado ainda continua
O sofá de teu quarto é ocupado pela minha ausência...

E novamente cai em esquecidas e mortas lembranças
Dos beijos e carícias trocados,mas agora simplesmente é passado
A foto de nós dois,agora descansa na velha gaveta escura
Os desenhos agora morrem e viram cinzas...

E com o tempo,o que ainda restou em mim em teus sentimentos
Vai morrendo e sumindo
E em tua mente minhas lembranças secam
E o que eu te disse,agora serão baboseiras sem vida
E na lágrima que desprende de teus olhos
E corre até tua boca
Sou eu beijando-te e despedindo-me
De tuas lembranças e vida...

"Dedico a T.A.D ou bonequinha do Mc Donald's."

Rel de Lima 17/01/2009.
Ao longo do cair da noite
Pelo surgimento do maravilhoso céu negro
Possuído pela sinfonia do vento
Pelo canto lírico da Lua
Molhando-me pelas lágrimas das distantes estrelas
Vago pela imensa e mórbida noite...

E vociferando em teus sonhos
Suplico pela dor de teu sorriso e nas tuas mais puras lágrimas

Morro ao cair de teus olhos
Sangro eternamente por trás
Nos beijos infames que roubei

Afogo-me nos teus desejos
E termino encontrando-me em tuas obscuras palavras
E na tempestade sombria que cai
Apareço em teus sonhos,e guio-te
Na doce e suave voz que te acompanha a cada passo seu

Abraço-te fortemente
E despeço-me de ti.

Lembrarei de ti
No nascer do Sol
No cair da noite fria e obscura...

Rel de Lima 03/03/2008.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Deixe-me esquecer teu nome
Deixe-me matar essa fome
De querer dormir
Porque assim,não voltarei a sorrir

Quero abandonar o que é pronto
Esconder-me nos espinhos afiados
Apedrejar a razão e viver loucamente
Beijar os mortos que estão enterrados

Entorpecido em minha quimera
Sentimento aqui não se libera
Como surto estúpido da felicidade

Ao ponto de tornar-se utopia
Pela alegria
Do ser que nela sorria.

Rel de Lima 26/02/2010

segunda-feira, 20 de junho de 2011

It is safe to SLEEP alone-Sopor Aeternus

Anestesia

Como um flash de luz numa noite interminável
A vida esta encurralada  emtre duas entidades negras
Pois quando você confia em alguém, a ilusão começa
Sem chance para se preparar,desespero iminente

Alguém disse tão cruelmente"É melhor amar do que perder"
Ignorância é felicidade-queria não conhecer o teu beijo
Tantas vezes foram queimadas,esta lição continua não aprendida
Lembre-se,desejo apenas alimenta o fogo-mentirosa

Entre nascimento e morte,cada fôlego se lamenta
Tenho pena dos vivos e invejo os mortos
Emocionalmente atordoado,em defesa,estou indiferente
Eu prefiro não me importar a ficar atento-fique assustado

Eu não preciso de amor

Mil lágrimas,valem apenas um único sorriso?
Quando você dá uma polegada,eles pegarão uma milha?
Desejando o passado,mas temendo o futuro
Se não está usado bem
Então você é um aproveitador e um perdedor

Fracasso mundialmente reconhecido na vida e na morte
Dada ao nada,ruína do purgatório
Correr e esconder,um procedimento covarde
Opções esgotadas,exceto pela anestesia-anestesia

Eu não sinto nada...

Type O Negative.

domingo, 19 de junho de 2011

Toma

Tome um gole de vinho
Deixe-se embriagar
Estou sentado aqui sozinho
Sentindo o calafrio
De todo o mundo vazio.

Com a alma angustiada
Pego aquela taça
E começo a me embriagar.

Líquido venenoso
Que entra em meu corpo
E olho lá do alto
E sinto-me leproso.

Toma minhas feridas
Toma minhas lágrimas
Toma também meu coração
Não vês, que estou triste e cheio de aflição?

Toma minha alma
Arranca de mim
Tire-me deste abismo
Pois nele posso ver o meu fim.

Toma!Segura esta navalha
E a encrave em tua garganta
Pois teus pulsos
Não aguentam mais.

Condessa Regina
Von Becker
Rel de Lima  19/06/2011.

O vinho desrolhado

O líquido rubro dos poetas
No cálice,é como uma oferta
Se tú não bebes e não recita
Então cale-se parasita.

Encha minha taça
Pois irei embriagar-me
De todos os meu tormentos
Eu hei de me llibertar.

Cantarei minha poesia
Seja ela melancólica ou sombria
Um afago ou um tapa.

Acenda este charuto
E vamos nessa nova esfera,viajar.
Cale-se Raimundo!
Se tú não sabes poetisar
se tú não sabes rimar
O que você faz aqui?

Voes para o longe
E respeita o canto meu,
Eu que sou o poeta errante
Vindo de terra distante
Aprendi a beber este vinho meu.

Condessa Regina
Von Becker
Rel de Lima  19/06/2011.

sábado, 18 de junho de 2011

Eu

Cara calado,tímido e observador
Entre tantas pessoas que tanto falam
Meu silêncio permabula entre tantas palavras
Assuntos,
Discussões,
Risos e ataques de lágrimas.


Alguns incomodam-se pelo o vasto silêncio que ali faço,
Outros me indagam o "por que?" de ser tão calado
Já alguns tentam adivinhar o que tanto penso...

Não é que eu não queira falar,
Talvez ficar tanto tempo calado
Seja mais prazeroso do que ouvir minha tosca voz
E os pensamentos que tanto me prende a atenção.

Rel de Lima 18/06/2011.

Dama de preto

No seu rosto,Seus olhos carregavam o desconhecido
Que intrigava os demais curiosos.
Seus olhos aflitos,fitavam a escuridão coberta pelo relva de mistérios  que gritava sem cessar
Seus olhos parlos pelo vazio
Um abismo sem fim
Doce e amargo quanto as lágrimas que escorriam de teus simbólicos olhos
Cairão sobre a noite fria
A dama gemia em pranto,os seus abismos de dores e se pois a clamar sobre o véu da noite,
Que acabara de se despir pelo medonho vento
Tão misterioso quanto seus olhos.

O vento que logo ele,
Agora baila com o véu roubado de suas mãos.
Ela caída ao chão,com o rosto coberto pela  tristeza
Conversa com os anjos,clamando uma oração
Que fala sobre o fim de sua esperança
Que brota de forma assombrosa
Dentro de seu singelo e estilhaçado coração.

Com suas vestes negras,rasgadas
E o sangue escorrendo
Em sua face,ela implora pela a morte que a leve de tal abismo
Para que não se machuque mais,
Pois seu corpo pútrico,não aguenta mais nenhum hematoma desta vida
E findando-se em dor
Ela chora sua morte
Que virá alada,quando ela ousar a dormir
Seus olhos se fecham na noite
E ela se vai
Lado a lado com a morte
Correndo pelos campos
Campos virgens,jamais visitados por aqueles que temema morte.

Ela se liberta de seus abismos e encontra a paz
E se liberta como borboleta
Voando entre os jardins abandonados
O velho casulo que ali a reteve enquanto transformava-se
Ela se libertou e encontrou seu eterno lar
E se foi para sempre desta terra.

Rel de Lima e Condessa Morticia 16/06/2011.
Mil lágrimas de sangue
Estava eu sentado na sala
Havia um espelho do outro lado,nesse canto minha alma olhava e sentia calafrios
A todo instante era chamado atenção para este espelho
Algo ruim estava por trás dele
Fitava o espelho e nada acontecia
Apenas sentia uma terrível sensação de pavor e medo
Ao meu lado estava uma cruz de bronze que usamos no evento
Lembrei-me das paçavras de minha amada senhora
Que dizia "Quando o mal estiver por perto pegue uma cruz mande que se manifeste em nome do criador em alto e bom som e não temer" Com essas palavras em minha mente.

Peguei a cruz pesada em minhas mãos e fiz um teste,
Apontei para o espelho.O mesmo de imediato nada acontecia,mas começou a se mover,abrindo lentamente.Abaixei a cruz e se fechada a porta do espelho,peguei mais uma vez e imediatamente e abriu  a porta  novemante,e falei alto em total estado de fúria"É verdade a desgraça está  aqui,maldito cão do inferno vou ver tua face agora,não te temerei ser profano.Agora é a hora de te encarar,mostre tua face agora!!" Levantei a cruz e o espellho  violentamente, e lá estva o maldito,com a face cortada,coberto por cinzas.Ser horrível e horripilante,palavras não descrevem a fisionomia de tal criatura.
Ele gritava,xingava se debatia em fúria terrível,igual a um cão feroz com raiva nessa hora do mundo ."Inútil,em nome daquele que renega a luz e a escuridão,eu te ordeno que volte para onde veio ser profano,pois foi você que se revoltou contra todos e não nós que fizemos você,foi você mesmo que se tornou  isso que você é",nisso a criatura se debatia,gritava,berrava,fazia chacota,ria  e nessa hora eu falei sério e irônico"Tá para,você não é ninguém,você é  o vazio,o nada,você foi criado pelo mesmo ser que me criou,você é  impotente diante dele,você não consegue nada,apenas aproveita das fraquezas das pessoas para prende-las ,mas quando elas se dão conta ,elas se libertam e você perde a batalha e vai perder a guerra,porque não adianta lutar contra quem nos criou.

Davi Becker 16/06/2011.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sentado em silêncio na noite fria que assassina minha alma
Que aperta meu coração
Viro e deito no chão e faço uma oração
Brota ali uma rosa vermelha de vida cheia
Os ventos uivam o nome que cintila no céu
O jardim foi criado...

Criado e pisoteado por aqueles que enxergam a morte com total desprezo
Mas entre os ramos murchos e velhos espinhos,
Eis que surgem tais malditos
Bailando sobre o mámore gelado,
Entre as catacumbas esquecidas pelos vivos...

Bailando entre o mármore gelado
Nossas almas se divertem ao se libertar
Nos enche o pulmão
E juntos,bailamos na noite macabra
Junto aos espíritos que ali levamtaram de olhos arregalados
Eles nos fitavam e chegavam mais perto ainda bailando
Abrimos as nossas bocas,
Glorificando a morte
Estrela da vida é em nossos rostos
Vieramas lágrimas de estar em tão formoso jardim
A casa dos mortos
É a nossa morada.

Rel de Lima e Condessa Mortícia 16/06/2011.

Desvaneios em um gramado

Fugi na fyga do fingimento
Pelo ralo que ralava
Pela raspada do ralo...

Pobre prato quebrado
Podres estilhaços...

Ruas,
Ruelas,
Ruanda?

Saquei o soco no saco
Azul,
Vermelho ,
Amarelo...

Travei a tranca do treco chamado português
Três,
Treze ou trezentos?

Rubéola rouca no roubo
O tatu tampava a tampa do tambor...

PO-ESIA torta,
Tosca e tetada
Esculpida no teto...

Assassino a assinatura assistida pela assistência
Dane-se o formalismo e suas regras toscas
Sugue o sangue
Que assim ficará libertado.

Rel de Lima 18/02/2011.

Vento

Sentado em minha cama
O vento congelante de Junho tombou em me peito
Arrepiando-me e agradando-me
E esse gélido vento
Tocou meus cabelos
Beijou meu rosto
Secou esta lágrimas que pertubava meu sono.

Ele se foi...
Poucco tempo depois, veio novamente
Entrando por minha janela
Veio brincar com meus tragos
Que de tão tortos,
Assemelhavam-se aos caminhos tortos
Que eu resolvera escolher e seguir

Vento barulhento e  desconhecido
Semeou dentro de mim o mistério
Trouxe o som do tombo
De tuas distantes lágrimas.

Rel de Lima 15/06/2011.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Poema XXXII

Sentei a frente de um piano desconcertado
Para tentar segurar meus prantos,que hoje aqui pesa
E por mais força que eu faça,
Involuntariamente escorregou uma pequena gota de lágrima
Sobre a nota "Dó"...

Fazendo assim,um eco de tamanha tristeza
Assustando as mariposas de minha porta
Arrancando uivos dos distantes lobos
Congelando o vento,que desposava a minha janela

E por tal ocorrido,
Minha alma perdia-se entra a escuridão
Fazendo então,
Com que todas as lágrimas que antes reprimia
Desabassem em
Ré menor
Mi sustenido
Fá menor
Sol maior
Si desafinando minha chaga.

Rel de Lima 20/05/2011.

Outras Estações

Outra Primavera se vai
Chegou aqui,que nem notei
Não ouvi os pássaros cantarem
Muito menos o botão se transformar em Flor
O sol nasceu e se pôs,
E mesmo assim,o seu clarão para mim foi imperceptível.

Os dias foram consumidos pelo tempo
A noite-que logo Eu,seu eterno amante- não conseguiu consolar-me
E assim como minha calvária vida,
As outras estações vieram e logo foram-se
Trouxeram alegrias e tristezas-Logo essa que todos marginalizaram
Julgaram e condenaram,
Por ser aquele sentimento
Que afugenta os mesquinhos deste mundo.

Rel de Lima 10/062011.

Praga

A alegria foi a pior das pragas.
Consumiu meu amor
Arrancou de mim,o mais belo sorriso
Apunhalou-me,quando eu- Pobre diabo- Abraçava
Virou-me as costas quando o fim acabara de começar
Embriagou-se e ainda embriaga-se com minhas lágrimas.
Surrando-me todos estas noites noites em claro
O meu mundo,
Agora perde-se sobre o vazio
Na pior das secas
Que meu tosco coração
Conseguiu resistir...

Rel de Lima 29/05/2011.

Observando as flores murchas do Senhor e Senhora das Sombras

Tempo mais que covarde e cruel
Resseca os espinhos
Murchando as pétalas de meu jardim
Não entendo se és aliado ou inimigo.

Distancie de mim suas chagas
Teu castigo sobre minha carne
Trincando minhas unhas
Consumindo o que a felicidade sempre lacerou.

O meu vazio agora jaz em meu peito,
Arrancando da pior forma,os meus gritos.
Minhas lepras sobre a carne crua
Ardem...

Sou um eterno escravo desta Mácula
O tempo,me traiu.
Deu-me rugas
Dores...

Agora,desprezo-te
Esqueça-me.
Porque hoje e agora
Beijarei a morte,
Que livrou-me desta desgraça.

Rel de Lima 29/05/2011.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Um gato no cio

Um mio gemido cortava o silêncio
Acordando-me de inquietantes pesadelos.
Era um gato manchado -cauteloso- imenso
Que ronronava alto seus desejos.

Enfurecido,ordenava que dali saísse,
Seus olhos,fitavame perante o escuro
Encarando misteriosamente minha maluquice
E então,virou-me as costas,caminhando pelo muro.

Acreditando que o tal gato fosse embora
Tornei a deitar em busca do sono
Mas novamente,o gato no cio gemia lá fora.

Dessa vez,seu gemido era mais agoniado
Indo de encontro desesperadamente a minha janela
Hipnotizando-me com os mios daquela fera.

Rel de Lima 27/05/2011.

"Acordei desembestado,perdendo o sono com aquele gato,que só foi embora depois que eu escrevi..."