sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cama desarrumada,
lençol emaranhado,sufocando o colchão
travesseiro desnivelado

Cinzas,são os órgãos de meu cinzeiro
entorpecido vagarosamente
perpetuando em um silêncio solitário
que mais uma vez aqui veio moldar minhas fumaças
jogadas no quarto

Corpo sobre a cama desfeita
mas não desfeita por brasas de Amor
apenas de solidão inquietante

Abocanho novamente meu cigarro
sua fumaça em meu peito dança,
sem ritmo ou coreografia

Olhos pesados,
cabeça demente,
idéias morimbundas
para a vida que aqui mata

Os latidos rompem meu silêncio
o corpo aos poucos vai dormindo,
e minhas mãos ganham circulação  final
para estas maculosas palavras,
que aqui,são mais preciosas gravadas
do que cuspidas pela minha boca
que agora Beija e Engole a morte.

Rel de Lima 26/01/2011

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