quinta-feira, 14 de abril de 2011

Maltratei as rosas
enforquei-me com seus espinhos
enchi taças de vinho
e com meu sangue
banhado com minhas lágrimas

Meus cortes,
berram como recém nascido
agoniado a procura do seio de sua mãe

Em minha garganta
enforcada com o nó do vazio
meu corpo aos poucos vai adormecendo

Minha garganta,arranha quando falo
meus olhos ardem e secam
meus lábios,aos poucos ficam pálidos
a respiração vai parando aos poucos

Minhas palavras vão sendo esquecidas
assim como os dias de ontem.

Rel de Lima 31/01/2011

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