quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mácula do Apodrecimento

Meu coração está enegrecido de tristeza
A minha trilha é um árduo e espinhoso caminho
Trouxe flores mortas pra ti,
quero que as regue com sangue

Custurarei suas feridas
com o cetim de minhas vestes
Tudo,tudo dentro de seu
claustrofóbico e doce pesadelo

Agora já desenterrado,
trago os fantasmas do passado
vindos de diabólicas profundezas
isolada,distante,cheio de tristeza.

E seus gritos
não merecem o paraíso

Seu corpo,
cremarei
Sua alma,
sepultarei
sobre o solo do esquecimento
que trará a Mácula do Apodrecimento.

Luciano Lira 29/12/2008
                    26/01/2009

Eis a poesia que leva o nome do blog.Escrita por Luciano Lira,admirável amigo e irmão.

Um comentário:

  1. Os velhos pápeis foram lidos e relidos. As poesias que tanto marcaram o paradigma de nossa juventude tão torta. Não torta da direita para a esquerda, mas a maravilhosa sensação de que poderíamos fazer qualquer coisa (e fizemos), que o horror de acordar todos os dias para o sufocante mundo de bestas passantes era simplesmente ironizado com as palavras malditas que quase naturalmente saiam de nossa canetas. E agora essa mesmas velhas palavras colorem seu maravilhoso blog. Cada sentimento, dor, medo, alegrias. Todos eles em um mesmo blog. Parabéns Rel pelo "doentio" trabalho. Esse espaço é para mim um pedaço que sinto já ter perdido, mas que não esqueço de relembrá-lo. Parece-me um quarto caustrofobico da infância, onde os brinquedos ainda estão espalhados pelo chão.

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