terça-feira, 19 de abril de 2011

Entre os Mortos

Vago sem ter rumo ou sentido
sinto o frio estranho e medonho
escuto o grito e o gemido
de meu fúnebre espírito tristonho

Sinto a pele fria e sem vida
olhos fundos e sem cor
a morte aqui veio despida
com o aroma de morta flor

E abandonando a podre carcaça,
de meu corpo flagelado
largo a negra couraça
que protege meu peito costurado

E entre os mortos agora
encontro o leito almejado
não desejo ir embora
mas sim ficar repousado

Dançarei com a loucura
que para os vivos,afugenta
e que para os mortos é pura
assim como a Lua sangrenta

E ao escurecer,
esperarei por ti
no teu falecer,
que estará por vir...

Rel de Lima 07/10/2009.

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