sexta-feira, 15 de abril de 2011

Privado de meus vícios e insanidade
enlouquecendo a cada amanhecer e anoitecer
isolamento mais que cruel

Inqueito,
ofegante,
fissurado apenas por um trago
minha insônia nunca foi tão onipresente

Não é que eu tenha desejo pela morte
mas deito,apenas a espera de sua chegada

Saturado pelo momento proporcionado
pela vida massante,
trancafiado no quarto o dia todo,
privando-se do mundo pós moderno que me enoja

Assisto a luz cair,
o frio e os dias aos poucos vão caindo

Toda flor é uma ferida aberta
um corte profundo,difícil de se estancar

Choro quando vou dormir,
tranco-me em meu vagabundo e compacto guarda-roupa,
na tentativa de encontrar Luiza

Nada de Leão ou Feiticeira
sou sem recheio,
pele sobre ossos

Julgado e condenado
por não querer a utópica felicidade.

Rel de Lima 19/01/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário